Estilos Pós-Contemporâneos

Estilo é um modo particular de expressão; um modo que caracterize uma época ou lugar. Estilos contemporâneos são aqueles que se tornaram relevantes; surgiram ou ressurgiram no século XX, enquanto que os pós contemporâneos, no século XXI. A arte é dinâmica e segue os princípios evolucionários. Enquanto há pintores que empregam um dado estilo e público que o aprecia, este sobrevive. Caso contrário, fenece. Analogamente ao fato que a forma e o conteúdo de uma carta redigida à mão caracteriza um indivíduo em particular, pode-se afirmar que cada artista é representante de um estilo e existem tantos estilos quanto artistas. Os pintores podem caso desejem, e frequentemente pintam em diferentes estilos. Também por analogia, a caligrafia de uma pessoa se altera ao longo do tempo. Caso o artista não condicione artificialmente sua arte, seu estilo variará ao longo do tempo.
Uns poucos estilos apresentam uma base filosófica consistente. Costumam refletir uma ou mais facetas da alma humana. Nestes casos se tornam não somente um estilo de pintura e escultura, como também de poesia, literatura, música, bem como de outras formas de expressão artística.
São muitas dezenas os estilos estabelecidos nestes períodos. Pelo exposto, quaisquer numerações, classificações e descrições, não podem pretender, e jamais serão completas.
Pode-se afirmar, que a grande proliferação de estilos de arte consagrados nestes períodos, de enorme amplitude e diversidade, resultaram no efeito extremamente benéfico de libertar completamente o artista tanto em sua criatividade como nas formas de execução de suas obras. A escravatura das normas nesta área de expressão humana sucumbiu.
Abaixo uma sucinta descrição e exemplificação de estilos e movimentos contemporâneos e pós-contemporâneos.

ARTE URBANA, ARTE DE RUA E GRAFITE

É a arte realizada nos espaços públicos e abertos de uma cidade. A fronteira entre expressão artística e vandalismo tem sido tênue, devido ao emprego frequente de espaços não autorizados. Inicialmente foi usada como forma de protesto, notadamente dos menos favorecidos economicamente. Surgiu e se consolidou entre 1960 e 1980. Gradualmente tem ganho aceitação generalizada.

SUPERSTROKE

Se refere a pinceladas largas, expressivas, com excesso de tinta e textura. O manifesto filosófico e descritivo do estilo foi escrito na primeira década deste século pelo sul-africano Conrad Bo (Michiel Conrad Botha), o qual anteriormente a 2002 se dedicou a outras áreas profissionais. Vai do abstrato e expressionista ao figurativo e realista. Emprega preto e branco ou cores. Pode fazer uso da colagem. Usa frequentemente sinais matemáticos em sua composição. É um movimento fortemente influenciado por Pablo Picasso e Vincent van Gogh. Pode ser considerado uma reação ao estilo Superflat.

SUPERFLAT

Superflat é um movimento pós-contemporâneo e como frequente, autodenominado e definido, fundado por Takashi Murakami. Takashi é um artista muito produtivo e emprega diversas mídias para expressão. Não vê diferença entre atividade artística e fim comercial e devido ao seu elevado renome, não se preocupa com críticas advindas disto. Iniciou sua carreira através dos mangas. Superflat se refere às formas achatadas e se inspira nas artes gráficas e plásticas japonesas. As obras podem explorar o fetichismo, o consumismo e os desejos típicos do Japão do pós-guerra. A sexualidade, através de figuras caricatas e distorcidas. Esboços que sugerem a infantilidade, ou ainda as fantasias do próprio artista.

STUCKISMO E REMODERNISMO

É um estilo claramente figurativo. As pinturas representam coisas reais. Foi fundado por Billy Childish, Charles Thomson e outros, em 1999 e atualmente conta com artistas em quase todo o mundo. Sua filosofia foi expressa por vários manifestos. Pretende buscar a autenticidade e retornar aos ideais modernistas, onde se ironiza as tradições. Frente a seus anseios modernistas, se opõe ao realismo no qual se visa representações exatas. É um estilo que pretende, através das obras, transmitir emoções e vivências. É pitoresco o fato de que um de seus renomados artistas, Stephen Howart, tenha sido expulso de uma faculdade inglesa de artes, o Camberwell College of Arts, porque suas ideias artísticas não se enquadravam na ‘prática contemporânea’. Já consagrado, comentou que não desejava um grau acadêmico em pintura, que significasse antipintura.

PSEUDOREALISMO

É um estilo de pintura bem como de outras manifestações artísticas, que não representa a realidade, mas dá a impressão ao espectador de uma cena concreta baseada na mesma. Está intimamente ligado à forma como o cérebro humano registra o que lhe cerca. Foi popularizado nos tempos atuais pelo indiano Devajyoti Ray na década de 1990 e é considerado o mais original oriundo da Índia, a receber atenção internacional. O termo é usado em animações, no entanto nestes casos, o objetivo é o de refletir cada vez mais precisamente o real.

KITSCH

É um estilo que reage à maioria das expressões contemporâneas, constituída por pintores da linha clássica. Emprega as técnicas de pintura antiga e se prende a uma mensagem clara e ao Romantismo. Em geral tem carga emocional forte. Uma crítica é a de que carece de criatividade, efetuando uma reprodução do antigo e atendo-se às velhas convenções. Por outro lado é um movimento apaixonado pelas noções e às percepções tradicionais de beleza.

EXCESSIVISMO

Estilo consolidado em 2015 pelo artista norte-americano Kaloust Guedel e pelo crítico de arte Shana Nys Dambrot. Pretende ser uma crítica aos excessos de qualquer natureza incluindo o consumismo da atualidade. Emprega um excesso de recursos para a expressão da arte. No caso da pintura, tal excesso de tinta que a obra após seca eventualmente prescinde de qualquer suporte.

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